"Preciso ir no banheiro urgente, se não vai escapar!"
"Eu não saio mais de casa porque eu tenho medo de perder o xixi."
"Eu perco urina quando espirro ou tusso."
"A minha mãe está perdendo urina e nem percebe, mas eu acho que é normal por causa da idade."
Alguma vez você já ouviu ou disse alguma dessas frases?
Então fique alerta! Pois PERDER URINA NÃO É NORMAL!
Não tem idade para acontecer e nem gênero. Homens, mulheres, crianças, adolescentes, idosos, todos podem perder urina.
A incontinência urinária tem cura!
E o quanto antes procurar ajuda mais eficaz será o tratamento.
A perda urinária é caracterizada por qualquer perda involuntária, e normalmente ocorre devido a um aumento da pressão intra-abdominal e um enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico, a chamada incontinência urinária de esforço, como ilustra essa imagem.
Há outras formas de perda urinária como a de urgência, quando a pessoa sente urgência para urinar, aquela que ocorre devido a algum problema neurológico, trauma ou mesmo pós-operatório e, a mista quando junta dois tipos, a de urgência e a de esforço.
A incontinência acomete mais as mulheres do que os homens, a estatística é de 2:1, sendo que 10% a 30% estão na faixa etária dos 15 aos 64 anos e apenas um quarto destas mulheres procuram ajuda médica. Estes dados são preocupantes pois a perda urinária traz prejuízos para a vida das pessoas, afeta de modo significativo a qualidade de vida, com consequências psicológicas, físicas, profissionais, sexuais e sociais.
É muito importante procurar um médico urologista ou conversar com o seu ginecologista sobre as queixas de perda urinária, dependendo do grau de incontinência, de leve a moderado, existe tratamento fisioterapêutico, sem necessidade de realizar uma cirurgia.
O tratamento consiste primeiramente de uma boa avaliação para entender o que está acontecendo, identificar a causa da perda urinária, avaliar a postura e então traçar a conduta correta para cada tipo de incontinência.
Algumas das ferramentas utilizadas são a reeducação postural, pois uma postura inadequada pode aumentar ainda mais a pressão intra-abdominal, e assim forçar o assoalho pélvico. E existe, também, o Biofeedback para ajudar na conscientização do assoalho pélvico, além de cones vaginais, eletroestimulação, entre outros.
Independente de quando e como você perde urina, saiba que isto não é normal e tem cura!
Quer tirar alguma dúvida ou conhecer mais sobre o tratamento?
Será um prazer poder te ajudar.
Autora:
Dra. Fernanda Freitag
Crefito 167266 - F
Fisioterapeuta com formação em Reeducação Postural no Método G.D.S. e Conceito Mullingan.
Especialista em Gerontologia e Mestranda em Neurologia com foco em Parkinson pela USP
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