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Dores no pescoço (região cervical)? Fique atento pode ser uma Cervicalgia!

Saiba mais sobre o assunto e entenda como o método Pilates pode ajudar!


A dor na região cervical da coluna, chamada de cervicalgia, atinge cerca de 18% da população geral e pelo menos 30% da população mundial apresentará sintomas no decorrer da vida.


No Brasil, a estimativa é que 55% da população um dia irá sentir os sintomas, sendo que destes, 12% das mulheres e 9% dos homens terão cervicalgia crônica.


O uso de computadores e a sobrecarga de trabalho estão associados ao aumento de sintomas cervicais.


Nosso crânio pesa em torno de 4 a 5 kg, contudo à medida que a flexão aumenta, o peso sobre a cervical também aumenta, podendo chegar em até 6x o peso da cabeça. Veja na figura abaixo.


Com isso aumenta a incidência de dor na cervical, nos ombros e braços.


Além da dor, pode haver queixa de limitação da amplitude de movimentos articulares e rigidez local, desencadeadas ou agravadas por movimentos cervicais bruscos ou posturas sustentadas do segmento cervical.


Principais sintomas:

  • Diminuição da amplitude de movimento de rotação, flexão e extensão.

  • Sensação de peso nos ombros. Às vezes, acompanhada de ardência.

  • Formigamento para ombros e braços.

  • Dor de cabeça.

  • Ao realizar rotação, o paciente relata que sente como se existisse areia entre as vértebras (crepitação).

  • Fraqueza no ombro e braço, relatando dificuldade de segurar um copo com água ou livro.

O Método Pilates é um excelente tratamento na dor cervical. Isso porque promove a estabilização da região com controle, além do reequilíbrio muscular (flexibilidade e força), melhorando a função nervosa e vascular do pescoço.


Os exercícios têm como objetivo restabelecer o alinhamento da região e atenuar os episódios de dor.


O crescimento axial dos pacientes é fundamental, porque através deste fundamento ocorre a ativação dos multífidos, o que torna a coluna vertebral mais estável.


O trabalho postural promove a organização da cabeça e pescoço, melhorando a consciência corporal e diminui o risco de lesões e recidivas. Melhora o ritmo escapulo-umeral corrigindo movimentos compensatórios.


Outro ponto importante que o instrutor de Pilates deve atentar é a tensão de músculos durante a prática do método, principalmente esternocleidomastóideo (ECOM) e trapézio superior. Com o comando verbal o instrutor pode pedir para que o aluno solte seus ombros, afastando-os de suas orelhas ou imaginando que uma força puxa os braços do aluno em direção aos pés (distalmente).



Quanto maior o preparo e conhecimento do profissional em relação ao movimento, não apenas sobre o método, além de seu olhar treinado para correções sutis nos movimentos, melhor e mais rápidos serão sentidos os resultados no praticante. Pois como tudo, as diferenças estão nos detalhes, porém os reflexos dessas diferenças serão sentidadas em um grau muito mais significativo.




Vale lembrar, também, que o Método Pilates auxilia tanto no tratamento quanto na prevenção de cervicalgia!


Ficou alguma dúvida? Estou à disposição. Até a próxima semana!


Autora:


Dra. Francieli Mortari da Silveira

CREFITO 250448-F


Fisioterapeuta, pós graduanda em Terapias Manuais e Instrutora de Pilates no Zentrum Pilates e Bem-estar, Brusque/SC.

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