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Dor e Rigidez de Ombro

O ombro é formado por três ossos: úmero, clavícula e escápula, que se unem e formam três articulações sinoviais: esternoclavicular, acromioclavicular e glenoumeral.


Devido a combinação das articulações e músculos no ombro, se dá uma ampla variedade de movimentos.



A capsulite adesiva ou ʺombro congeladoʺ é uma doença que limita os movimentos e gera dor, que dura vários meses até mesmo anos. Acomete de 3% a 5% da população, em geral, é mais frequente a partir dos 55 anos, sendo rara antes dos 40.


Mulheres são mais acometidas pela doença. Tendo como principais sintomas:

Ø Dor

Ø Incapacidade funcional.


A doença se desenvolve em três fases:

Ø Fase 1 (Congelante e dolorosa):

- Dolorosa ou Inflamatória.

Inicia com uma progressiva dor no movimento que se torna muito intensa e causa perda de movimento (10-36 semanas).

Ø Fase 2 (Adesiva):

- Congelamento ou rigidez

Reduz a dor e aumenta a rigidez de ombro, tornando mais intensa, o que impede o movimento (4-12 meses).

Ø Fase 3( Resolução):

- Recuperação ou descongelamento

Após um período de dor e incapacidade funcional o ombro começa a diminuir a rigidez (12-42 meses).


De acordo com os estudos, a mobilização articular é de fundamental importância no movimento, tanto para os processos de reparo normal como para a manutenção de saúde do tecido.

O movimento fornece direção à deposição de colágeno, mantém o equilíbrio entre os componentes do tecido conjuntivo, estimula a regeneração vascular normal e reduz a formação excessiva de ligações cruzadas e aderências.


O tratamento deve ser focado na prevenção da progressão da incapacidade.

Na fase de maior rigidez capsular (fase 2) os exercícios devem ser voltados para a manutenção qualitativa da função do membro acometido, por meio do ganho de amplitude de movimento e força muscular.


A literatura dá um suporte extenso para o tratamento cinesioterápico da capsulite adesiva de ombro, sendo assim, o Pilates, por ser um método baseado principalmente no movimento humano, torna-se uma escolha eficaz e segura para o tratamento desta patologia.


Devido a gama de exercícios que o Método proporciona, o fisioterapeuta poderá manter seus atendimentos mais diversificados, sem perder o foco principal do tratamento. Os aparelhos, o solo e os acessórios podem ser amplamente utilizados durante os atendimentos, respeitando a individualidade do paciente e de sua evolução.


Pode-se associar juntamente com os exercícios, as técnicas de terapia manual, liberação miofascial focando sempre nos ganhos de amplitude de movimento, respeitando o limiar de dor de cada indivíduo.


Sendo assim, o Pilates como meio de cinesioterapia visa quebrar este ciclo e recuperar a funcionalidade do membro da forma mais breve possível.


Até a próxima!



Autora:


Dra. Francieli Mortari da Silveira


CREFITO 250448-F


Fisioterapeuta, pós graduanda em Terapias Manuais e Instrutora de Pilates no Zentrum Pilates e Bem-estar, Brusque/SC.

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